Esta é uma das fotos mais antigas encontradas na Pampa e está exposta
no Centro Cultural Atahualpa Yupanqui em Buenos Aires, e mostra na
essência o que era o gaúcho, que
apresentou com roupas simples o homem do campo. São descendentes de uma
mistura de índio e branco, selvagem, como a própria terra, que viviam de
sua coragem no campo e na guerra.
Assim nasceu a nossa Pampa, com
homens simples e lutadores, com ranchos de barro e capim e não com
telhas e telhados imitando as casas europeias, tão sonhadas pelos ricos
latifundiários, estancieiros que vieram explorar o mundo novo desse lado
do oceano.
Não quero que vivamos assim, em pleno século XXI, mas
também fazer do Gaúcho uma imitação dos grandes fazendeiros não é
verdade. Aqueles que inventam regras para a nossa indumentária, poderia
dar mais tempo e estudar um pouco mais sobre o que é tradição e fazer de
um Centro de Tradições, o verdadeiro rancho dos Gaúchos, simples,
humilde e com homens de coragens, talvez, se assim fosse traçado o
tradicionalismo, nossa cultura não estivesse sofrendo tanto e nem
haveria esse massacre das grandes entidades sobre as pequenas, em todos
os sentidos.
Porque que esse gaúcho ninguém retrata na sua estampa
ou nos concursos de danças, enquanto se fantasiam de chiripás
estravagantes e roupas esdrúxulas, como se todo o gaúcho fosse
estancieiro. A história da Pampa foi escrita por homens simples, negros,
índios, lavradores, peões, mas o estrelato foi para os coronéis
vangloriados de Caudilhos. Quanta hipocrisia!
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