Persigo, valores antigos,
que o tempo, fez se perderem,
o campo, foi engolido pelo concreto,
deixando tudo incerto,
matando a esperança do vive.
Pro gaudério, índio xucro, criado na campanha,
a vida judiou muito mais,
e sem nada a fazer, nem no laço ou no pialo,
parece até o galo, sem milho pra comer.
Na roda da carreta, que girava, em um choro febril,
aquele tempo, era outro Brasil,
que peleávamos, campo a campo,
mas hoje, quem é dono, são tudo do estrangeiro,
do rancho ao potreiro,
do gado manso, ao crioulo ligeiro.
Só me falta a alma gaudéria,
que de jeito nenhum se entrega,
se alimentando de tempos de glória,
mas aos poucos morre a nossa história,
de vivermos livres, sem arreio.
Tenho dito
Por Emerson C Matos
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