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Me tapo de nojo, Lobisomem: Letra para acompanhar cantando
Conheci um vivente esses dias
se dizia tradicionalista
eu não posso dizer o seu nome
mas agora eu vou dar uma pista
eu levei o índio na fazenda
com seu jeito ele estava intrigado
avistou meu rebanho de ovelha
parou e me disse: tchê bagual
como tá lindo esse teu gado!
encilhei dois cavalos dos bons
pra nós dois dar uma campereada
o índio velho tapeou o chapéu
como quem vai dar uma geneteada
e no mais já saltou pra mangueira
nas esporas ficou maneado
resvalou e sentou no esterco
levantou e me disse:
tchê bagual como eu tô destreinado!
o índio velho montava de um lado
e no outro caía de lombo
com jeitinho ajeitava as bombachas
e partia para um novo tombo
logo vi que o vivente era cru
pois valeta pra ele era vinco
não aguentando se desmunhecou
e chorando gritou:
tchê bagual perdi meu brinco!
este quera é parente de um outro
que chegou lá em uruguaiana
pra mostrar seu trabalho no palco
meio zonzo e não era de cana
na barraca que ele acampou
pareceia maria fumaça
e no palco fazia um gritedo
e dizia pro povo:
seguinte, esto é nativismo massa!
//repete
e no palco ele faz um gritedo
se boleia, se rasga e se arranha
//repete
e o que mais me tapa de nojo
é que um louco desses as vez até ganha
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