HONÓRIO GAUDÉRIO O GAÚCHO GROSSO

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quarta-feira, 24 de julho de 2019

O Massacre do Rio Negro - Adão Latorre

Joca Tavares, contando com cerca de 3000 homens, cercou um grupo de 300 chimangos, aproximadamente. Os mesmos são levados para uma mangueira de pedra e ali mantidos como reféns. Surge então, Latorre. Dentre os prisioneiros, estava seu desafeto Maneca Pedroso. A sede de vingança se espalhou a todos os prisioneiros, e, com a ajuda de mais capangas, foi dado início a degola.

Um a um, foram sendo trazidos os prisioneiros e postos de joelho, de costas para Latorre. O mesmo, inicialmente transfixava-lhes o pescoço com um punhal de quinze centímetros. À medida que o tempo passava, já todo banhado de sangue, partiu para a técnica da “criolla”, onde a faca é passada de orelha à orelho, cortando as artérias e garganta, tudo de uma só vez.
Um dos últimos a serem mortos, foi o Cel. Manoel Pedroso. Relatos da época, narram como se deu o último diálogo entre os dois:
“- Cel. Pedroso: Adão, quanto vale a vida de um homem valente e de bem?
- Adão Latorre: De bem… não sei. A vida de um homem vale muito, a tua não vale nada porque está no fio de minha faca e não há dinheiro que pague.
- Cel. Pedroso: Pois então degola “negro filho da puta”. Dito isso segurou-se a um arbusto, levantando a cabeça para facilitar a tarefa ao inimigo.”

Dizem ainda que o Coronel pediu a Adão para que entregasse um anel de seu uso a uma filha residente em Pelotas, segundo informações foi cumprido o feito por Adão Latorre.

Latorre pousando para retrato, enquanto degolava um prisioneiro chimango

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